segunda-feira, 8 de setembro de 2014




 Professora do menino Bernardo Boldriniem uma escola particular de Três Passos, Simone Muller foi a primeira testemunha de acusação a prestar depoimento na manhã de hoje (8), na segunda audiência do caso no Foro da cidade. A educadora afirmou que Bernardo nunca comentava o que acontecia na casa da família.
Segundo ela, o garoto tinha um "código de convivência" com o pai e com a madrasta e não podia falar sobre as brigas na residência da família. A única coisa que ele havia afirmado, de acordo com a professora, era que precisava fazer a própria comida quando queria jantar em casa.
Para a professora, a reação de Leandro Boldrini e Graciele Ugolini após o desaparecimento de Bernardo mostram que eles não estavam preocupados com o garoto. 
Simone também disse que a madrasta afirmou na escola que Bernardo tinha esquizofrenia. Para a professora, o garoto era agitado em sala de aula, mas muito amável com os colegas.
Durante o depoimento da professora, Edelvânia Wirganovicz foi impedida de entrar na sala da audiência. O pedido foi feito pela própria educadora, que não quis falar na frente da mulher acusada de participação na morte de Bernardo
Caso Bernardo
Bernando Uglione Boldrini, 11 anos, foi encontrado morto no dia 14 de abril, após dez dias desaparecido. O corpo do jovem estava em um matagal, enterrado dentro de um saco, na localidade de Linha São Francisco, em Frederico Westphalen. O menino morava com o pai, o médico-cirurgião Leandro Boldrini, a madrasta, Graciele Ugulini, e uma meia-irmã, de 1 ano, no município de Três Passos.
O pai, a madrasta e uma amiga dela, Edelvânia Wirganovicz, respondem na Justiça por homicídio quadruplamente qualificado (motivos torpe e fútil, emprego de veneno e recurso que dificultou a defesa da vítima) e ocultação de cadáver. O irmão de Edelvânia, Evandro, também responde por ocultação de cadáver. O pai de Bernardo ainda é acusado por falsidade ideológica.
 - Atualizado em 08/09/2014 11h22

Bernardo não podia contar o que acontecia em casa, diz professora

Simone Muller foi a primeira testemunha a prestar depoimento

Nenhum comentário:

Postar um comentário