Patrão de CTG que sofreu incêndio recebeu ameaças, revela esposa
CTG Sentinelas do Planalto receberá um casamento homoafetivo no sábado
O patrão do Centro de Tradições Gaúchas (CTG) Sentinelas do Planalto, Gilbert Gisler, recebeu uma ligação anunciando que um grupo de pessoas colocaria fogo no CTG se a ideia do casamento homoafetivo no local fosse levada adiante. A revelação foi feita pela esposa do patrão, Deise Gisler, na manhã desta quinta-feira (11), após um incêndio ter atingido o prédio, em Santana do Livramento.
Em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade, Deise relatou que foi registrada uma ocorrência policial da ameaça. Ela também lamentou o episódio desta madrugada:
"Foi um ato cruel, de pessoas covardes a uma entidade que só queria fazer o bem, só queria a união de pessoas, que infelizmente não tinham condições de pagar um casamento. Tinham pessoas que nunca tinham ido ao cabeleireiro. Nós estamos muito chocados, muito tristes", desabafou.
No sábado à tarde, ocorreria a união de 28 casais - entre eles um casal de mulheres -, o que provoca polêmica na cidade. A realização do evento ainda não foi confirmada. A polícia já tem a placa de um veículo suspeito de ter provocado o incêndio.
Sobre a polêmica envolvendo a união homoafetiva, Deise disse que o CTG foi cedido por ser um evento beneficente. "Nós estamos cumprindo a lei, fazendo a coisa certa, não estamos descumprindo a nossa carta de princípios", ressaltou.
Os patrões, que moram em frente ao CTG, disseram que testemunhas viram um carro branco com quatro pessoas. Eles aguardam agora a perícia para avaliar a situação do prédio. Segundo Deise, o palco de madeira foi a parte mais atingida.
O CTG agora corre contra o tempo, porque além do casamento, também precisa se reestruturar para a Semana Farroupilha.
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