Lisboa - A esmagadora maioria dos acionistas da Portugal Telecom (PT) aprovou esta segunda-feira os termos do acordo de fusão do grupo português com a brasileira Oi, depois de uma revisão do acordo que levará a PT a diluir a sua participação na Oi face à posição inicialmente prevista.
Em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a PT informou que 98,25% dos acionistas presentes ou representados na assembleia geral desta segunda-feira deram um voto favorável aos termos definidos para o acordo de fusão entre a PT e a Oi. Na assembleia, em Lisboa, esteve representado 46% do capital da PT.
Embora vários acionistas de referência da PT, como a Ongoing e a Visabeira, tivessem já indicado que aprovariam a proposta da administração da PT, havia algumas dúvidas de que os novos termos da fusão pudessem convencer a maioria dos investidores.
A verdade é que a assembleia acabou por resultar numa aprovação maciça do acordo entre a PT e a Oi, mesmo com a companhia brasileira (dona de 10% da PT) impossibilitada de votar (por ser parte interessada na deliberação).
"Na sequência desta aprovação, foram assinados hoje os acordos que executam o Memorando de Entendimentos divulgado em 16 de julho de 2014, ficando a produção de efeitos dos mesmos sujeita à aprovação da permuta pela Comissão de Valores Mobiliários, conforme foi já anunciado", explica a PT no seu comunicado à CMVM.
O novo acordo de fusão acomoda a entrada da PT no capital da Oi, deixando à responsabilidade da PT e dos seus acionistas em Portugal o processo de recuperação da aplicação financeira feita no Grupo Espírito Santo, no valor de quase 900 milhões de euros.
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